quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Seeta Aur Geeta (1972)

I: Nossa postagem de hoje será sobre o doce e fofo filme Seeta Aur Geeta, de 1972 (ótima época) e estrelando nossa querida Hema Malini, o muito gato Dharmendra e Adamastor Pitaco Sanjeev Kumar.

Considero a história como uma novela mexicana invertida. Num bom sentido, é claro. Por quê? Bem, logo no começo do filme vemos a cena em que uma mulher em trabalho de parto e seu marido pedem abrigo a um casal de ciganos, que os levam para dentro e a ajudam a parir o bebê. Nasce uma bela menina, e o pai, emocionado, disse que, se tivesse tido gêmeas, daria uma para o casal criar. E com isso os pais vão embora, felizes da vida. Pois é. Acontece que o casal de fato teve gêmeas, e a esperta cigana ficou com uma das filhas para criar como sua.

E então o filme avança para anos depois, mostrando uma casa aparentemente rica e nossa bela Hema Malini trabalhando como Cinderela, explorada por sua tia má, prima insuportável e irmão da tia pior ainda. No começo pensei que essa gêmea fosse a pobre, mas... não! É Seeta, cujos pais morreram e a custódia recaiu sobre a vil Kaushalya (Devdas feelings). Sofreeta... digo, Seeta é uma doce moça que vê flores pelo mundo e cuida da avó enferma, porém a pressão na mansão é tão grande que ela não aguenta. Implora a Deus por uma salvação.


C: Neste momento você se vê amando Seeta e pronto(a) para passar horas aguentando sofrimento com ela, quando então ouvimos sons de tambores... e surge Raka (Dharmendra) com um sorriso que faria uma mulher concordar com qualquer coisa que ele dissesse. Pulando, sorrindo e rodopiando aos sons desses tambores surge Geeta, a irmã gêmea de Seeta que foi criada na pobreza. A irmã pobre neste caso é a feliz da história! Geeta é independente, destemida, linda e radiante. Diferentemente da frágil Seeta, não permite que ninguém a humilhe. E esta personalidade forte acaba por roubar o filme (e a nossa preferência). Cabe aqui expressar nossa admiração pelo trabalho de Hema Malini, que realmente fez com que as irmãs parecessem pessoas distintas. Geeta é cigana e trabalha fazendo perfomances na rua com Raka e um garotinho esperto do qual não sei o nome.

Um dia, Seeta decide fugir por não aguentar mais seu sofrimento diário. Numas viradas que vão acontecendo na história, Geeta vai à delegacia ajudar uma criança e lá o delegado a confunde com Seeta, logo ligando para a família desta. Geeta acaba indo para a casa desta família depois de quebrar a delegacia toda. Ao mesmo tempo, Seeta tenta cometer suicídio ao se jogar de uma ponte. Nosso lindo Raka a salva e Maria do Bairro Seeta vai parar na humilde e acolhedora casa de sua irmã.



I: Antes de prosseguir, deixe-me apresentar a família simpática da Seeta. A mulher de expressão modificada pela raiva é tia Kaushalya e o galã de a. C. é o Zé bonitinho, digo, irmão malvado da tia:


Então, como eu ia dizendo... A destemida Geeta, ante esta animadora família, não se acanha, não! Ela põe ordem na casa e não aceita ser maltratada. E nós cada vez mais admirando a Geeta, enquanto Seeta fica cozinhando, lavando roupa e rezando na humilde casa cigana, recebendo o amor de uma mãe e lidando com o gatíssimo vagabundo Raka, por quem ela vai desenvolvendo um lindo amor.

E, enquanto isso, Geeta dá uma lição nos integrantes da mansão, fazendo as melhores cenas do filme:


E eu preciso comentar sobre a injusta, totalmente injusta escolha de mocinhos para o filme. Dharmendra, nosso Raka, é uma gracinha. Certo, ele é vagabundo, não faz nada da vida, bebe à noite... mas é bonito (loira mode on). É um bom mocinho para essa trama digna de novela mexicana.

Agora... O namorado da Geeta. De onde saiu este homem? De onde, me digam? Quer dizer, talvez minha tia Gláucia o considere um ótimo partido, gatíssimo, mas... Ela é minha tia. A figura é esta ao lado.

E como eles se conheceram? Ele era um pretendente de Seeta, que desejava ter numa esposa uma mulher casta, sensível, que soubesse realizar bem tarefas caseiras; no entanto, a tia malvada fez com que Seeta se comportasse como uma mulher moderna e mal-vestida no primeiro encontro, e a pobre fez tantos deslizes que a família de Adamastor Ravi saiu da casa furiosa e decepcionada. Porém, com mais uma reviravolta do destino, Geeta (se passando por Seeta) e ele se encontraram e... l'amour!

C: Namorados gatos e feiosos à parte, a história segue com Seeta ganhando o amor que nunca teve e Geeta dando à família do mal os limites que seus integrantes nunca tiveram. Muito vai acontecendo e o filme acaba passando por drama, romance, (um pouco de) ação e comédia. A trilha sonora para isto tudo é surpreendentemente doce e divertida . De autoria de R.D. Burman, tem cinco músicas, dentre as quais nossa favorita é Zindagi Hai Khel. Ela traz tambores, Hema Malini vestida de cigana, sorrisos, Dharmendra gato, Manna Dey e Lata Mangeshkar. O amor é inevitável, eu sei. Particularmente, também amo Koi Ladki Koi Ladka pela letra fofa e porque tenho tendência a amar tudo o que Kishore Kumar cante com Lata Mangeshkar.

Seeta Aur Geeta é um filme que deve seu sucesso ao excelente trabalho de seus atores. Há muitos momentos canastrões, mas não achar isso em Bollywood - principalmente nos anos 70 - é difícil. Na verdade, muito da graça estava nesses momentos. A tia de Geeta com suas caras e bocas é daquele tipo que uma criança assiste aos seis anos e tem altas chances de não mais esquecer. E que dizer do Zé Bonitinho? Um ator do qual nunca havíamos ouvido falar e que ainda continua sendo motivos de nossas piadas. Sanjeev Kumar (o Adamastor) fez um bom papel, mas já está claro que Dharmendra nos conquistou. Ele conseguiu fazer um Raka chato e briguento acabar sendo querido por nós, sendo que o personagem tinha uma moral bem menos confiável que a do outro herói. Raka bebia, gritava, e reclamava. E nós... sorrindo. Dharmendra tem algo de especial, até seus olhos sorriem. Sua química com Hema Malini (com quem é casado) é visível e um dos pontos altos do filme.

I: E é por isso que eu recomendo Seeta Aur Geeta (está ficando clichê dizer isso) àqueles que querem assistir a um filme leve, que te faz torcer pelos personagens principais e gosta de uma pitada da fórmula de novelas mexicanas no meio. Quando comecei a vê-lo não imaginei que não fosse conseguir parar, e não consegui mesmo. Recomendamos! =)

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Vídeos adoráveis!

C: Vocês já ouviram falar da família Kapoor? É a família mais importante/influente/bombada de Bollywood. Em toda geração Kapoor há um ou mais novos astros do cinema indiano,  são quase jurássicos. Para ter uma ideia, Raj Kapoor (queridinho nosso), Rishi Kapoor, Kareena Kapoor e Ranbir Kapoor fazem parte da mesma família.

Vim mostrar algo rápido de uma pequena parte da família Kapoor que está no meu coração. 
Máfia Família Kapoor e a parte que nos interessa!

Rishi Kapoor e Neetu Singh, astros do cinema indiano dos anos 80. Casaram-se em 1980 e Ranbir Kapoor (o nosso Ranbs) é seu filho. Um dos casais mais fofos de todos os tempos (na minha mente)!

Na semana passada, Rishi e Neetu foram ao programa Sa Re Ga Ma Pa, que é uma espécie de Ídolos, e fizeram uma performance improvisada de um número que executaram no filme Amar Akbar Anthony, de 1977. Aliás, gostaria que alguém me avisasse caso encontre uma legenda boa para este filme...tento vê-lo há muito tempo.

Enfim, vamos aos vídeos:

O original: Parda Hai Parda, cantada pelo infinitamente maravilhoso Mohammed Rafi.





No Sa Re Ga Ma Pa de 1º de outubro deste ano.


Se Rishi e Neetu algum dia se separarem, deixo de acreditar no amor. 


Até  mais!